💰 Modelo de negócios
A VirtusPay nasceu para ajudar pessoas que não têm cartão de crédito a parcelarem compras em até 15x no boleto. Como? Através da captação de recursos com pessoas que têm cartão, mas não utilizam todo o crédito.
- Com isso, quem “empresta” o limite ganha milhas que não estaria ganhando por não usar o máximo que o cartão permite.
A Virtus, por sua vez, recebe uma porcentagem sobre as compras via boleto (juros cobrado pelo parcelamento).
👫 Quem está por trás desse negócio?
A Virtus foi fundada em outubro de 2019 por Gustavo Camara, Fabio Colella e Lucas Vieira. (Ao clicar, você vai pro LinkedIn deles).
📈 Recebeu investimentos?
- Series A: de R$ 6 milhões, com Vox Capital e Kviv Ventures (out/2019).
🙋♂️🙋♀️ Maior desafio
“Como dar segurança ao credor que deixa o limite do cartão disponível para ser utilizado pela plataforma. A assimetria de risco é alta para a ponta que disponibiliza o limite. A outra ponta que contrata o serviço fica “ok”, apenas com o risco de ter seu nome nos sistemas de proteção ao crédito.”
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🔮 Nossa análise
Ao conectar as duas pontas — a pessoa com cartão de crédito que não usa todo seu limite, com a que não tem cartão de crédito —, a Virtus permite que as primeiras ganhem milhas e pontos extra que não ganhariam, o que pode ser muito positivo.
- Lembra dos crediários? É tipo isso, só que no digital.
Por se tratar de um marketplace, as duas pontas ganham participando da operação, o que fortalece um círculo virtuoso em que mais pessoas emprestam o limite e mais pegam emprestado.
Além disso, o negócio possui um impacto social, visto que contribui para aumentar o volume de crédito de pessoas que não o teriam — tornando o e-commerce mais acessível.
Também vale destacar que a Kviv Ventures, uma das investidoras da Virtus, é gerida pela família Klein, fundadora das Casas Bahia e acionista da Via Varejo.
- Sem dúvida esse smart money é muito importante, uma vez que os parcelamentos são feitos em e-commerces de varejistas, setor que a família entende e tem alta influência e controle.
Falando em e-commerce, o mercado de compras online vem crescendo rapidamente. Só no primeiro semestre de 2021, o setor faturou R$ 55 bilhões no Brasil. A Virtus quer uma fatia cada vez maior dessa pizza.
Uma oportunidade interessante que vemos é a empresa passar a oferecer integrações para plataformas de e-commerce. A quantidade de clientes poderia aumentar, mantendo o mesmo risco de parcelar no cartão de crédito.
Pensando nas ameaças, o que mais nos chama atenção está relacionado ao seu desafio. Existe um risco de crédito muito grande na operação. Caso o tomador não pague pelo crédito, a empresa tem que pagar para quem emprestou o limite.
- Imagine emprestar o limite do seu cartão para alguém e no pagamento da fatura não receber o dinheiro da empresa para pagá-la? Seria algo inaceitável.
Dessa forma, ao nosso ver, o maior risco do negócio é lidar com isso, visto que a empresa precisa se atentar muito ao risco desse “empréstimo de crédito” para que o negócio não quebre.
Além do mais, há uma importante questão de confiança. Como a Virtus depende que pessoas emprestem limite de seus cartões, como fazer com que elas se sintam seguras para tal? Será que as milhas por si só são atrativas o suficiente? São perguntas que, com certeza, eles devem estar sempre buscando responder.
O que você faria se fosse o CEO? 🤔
Ler é fácil, difícil é fazer. Nos conte aqui o que você faria se estivesse no lugar dos founders. Qual seria sua estratégia, plano de ação, etc?
📚 Para aprofundar
- Artigo. Como os fundadores da Virtus identificaram uma falha de mercado para criar o negócio.
- Vídeo. Como a Virtus funciona, nas palavras do CEO.
🪤 Lembre-se: Nenhuma análise aqui é comprada ou possui interferência das empresas estudadas, é 100% independente. Caso queira enviar alguma empresa para que nosso time analisar, fique à vontade. É só clicar aqui.