Sob demanda. Você deve ter ouvido falar que a falta de chips e o coronavírus trouxeram dificuldades para a indústria brasileira automotiva, que deixou de produzir pelo menos 300 mil veículos zero no ano passado.
- O que talvez você não sabia é que isso pode ter alterado para sempre a forma como compramos veículos — e não é um fenômeno só brasileiro, é mundial.
O que está acontecendo? Antes da pandemia, as fabricantes tentavam prever quais seriam os carros mais vendidos e produziam-nos em maiores quantidades. Assim, bastava o cliente chegar no showroom, escolher o veículo zero e sair dirigindo.
Como não existe bola de cristal, muitas vezes, a previsão não era certeira e muito dinheiro era desperdiçado na adivinhação — quem disse isso foi o CEO da Ford, não o dênius.
Junte a margem de erro com a escassez pandêmica e você encontrará a saída encontrada pelas montadoras: vender sob demanda. Ao invés de comprar na hora, o cliente escolhe seu carro e encomenda como bem desejar.
E isso tem relação com a alta dos usados… 🚙
Nem todos os clientes estão dispostos a esperar por meses e, no Brasil, a venda de veículos usados e seminovos bateu recorde, crescendo 17,8% ano passado. Foi o maior crescimento da história do setor, que em média, tem altas de 3% a 4% ao ano.
Mesmo assim, é provável que o mercado continue operando sob demanda… Além de ser mais previsível para as fabricantes, o modelo é mais lucrativo. A Ford USA já está oferecendo um desconto de US$ 1 mil para quem encomendar qualquer veículo com antecedência.