Alerta de spoiler sobre o filme Don’t Look Up. Se você ainda não assistiu e pretende ver, pule para a próxima seção e deixe pra ler a parte do gráfico depois.
No dia 24 de dezembro, a Netflix lançou o filme Não Olhe Para Cima — de produção própria —, estrelado por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence, que fez muito sucesso e está sendo bastante comentado.
O filme é uma sátira que retrata dois astrônomos tentando alertar a população sobre uma descoberta inusitada que tiverem: um asteroide que está vindo em direção da Terra e destruirá o planeta.
- Após convencerem a presidente dos EUA da necessidade de intervir para quebrar o asteroide em partes menores, que até chegou a lançar uma operação para tentar salvar o planeta, o bilionário Peter Isherwell, dono da empresa de tecnologia BASH, conseguiu cancelar a expedição.
O motivo? Interesses econômicos. O empresário já havia visto o gráfico do the bizness que você vai ver agora (risos) e sabia o quão grande é o valor que existe em minérios dentro dos asteroides:
Por que existem asteroides que valem tanto? 💸
Talvez você esteja se fazendo essa pergunta. No filme, o bilionário influenciou a presidente a cancelar a intervenção governamental para que sua empresa tentasse quebrar o asteroide e extrair sua riqueza.
E é aqui que entra o bizness. Basicamente, asteroides são corpos celestes compostos de rocha, metais e outros elementos — sendo capazes de terem até mesmo água, em alguns casos. Muitos desses metais são bastante valiosos, e é neles que está o valor dos asteroides.
Como seu tamanho varia muito — podendo ser menor que bola de futebol, ou maior do que o estádio inteiro —, seu valor financeiro também está sujeito a essa variação. Para você ter uma ideia, existem asteroides quase tão grandes quanto planetas. That’s a lot of money.
A importância dos metais preciosos 🪙
É bem grande. Para a fabricação do celular, computador ou tablet que você está usando agora para ler o dêbizness foram usados alguns materiais preciosos. Ou você não sabia que existe ouro, prata e platina dentro de um iPhone, por exemplo?
- O mesmo vale para meios de transporte, equipamentos médicos, processos industriais e tantas outras coisas presentes no nosso dia a dia.
Sendo assim, esses metais são indispensáveis para a humanidade, de forma que a mineração — que, hoje, consiste na extração de minérios do subsolo terrestre —, seja algo essencial para nossa existência. No entanto, existe um problema acerca disso…
O problema da mineração na atualidade ⛏️
Para a extração desses recursos, é necessário utilizar compostos químicos que são nocivos à biodiversidade, aos trabalhadores da mineração e habitantes locais, além de diversos outros processos que desgastam o ambiente.
- Por conta disso, a indústria da mineração, de forma geral, causa uma série de prejuízos ao planeta, pois polui o ar e a água, destruindo diversos ecossistemas.
Mas… E se fosse possível substituir a indústria da mineração na Terra por um processo mais limpo, que não fizesse mal a ninguém? A parte boa é que existe uma forma de fazer isso. Basta ignorar o título do filme e olhar para cima. risos.
Se a mineração espacial é tão boa, porque não fazemos? 🤔
Essa pergunta é mais complexa do que parece. Mas o principal motivo é o preço, que ainda é muito, muito, muito alto. Pare pra pensar… De que adianta minerar um asteroide que vale US$ 100 bilhões, se o processo custará 500 bilhões de dólares?
Atualmente, a conta não fecha. Esse é o maior problema da mineração espacial. A boa notícia é que o mercado está ficando cada vez mais promissor. As viagens espaciais são cada vez mais viáveis e a tendência é que os custos sigam caindo.
Com essa queda de preço, a situação deve melhorar, para que a mineração de asteroides, cujo potencial é tão grande, se torne lucrativa e seja feita em larga escala — desde que o asteroide não esteja vindo em direção à Terra. risos.