Notícia boa. Em 2021, o número de assassinatos no Brasil caiu 7% e é o menor desde 2007 — ano em que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública passou a coletar os dados.
Falando em números: No ano passado, foram registradas 41,1 mil mortes violentas intencionais no Brasil — 3 mil a menos que em 2020. Ao todo, 21 estados do país tiveram redução de assassinatos no ano.
Quais as possíveis razões para essa diminuição?
- Maior controle dos governos sobre os criminosos e apaziguamento de conflitos entre facções: A troca de informações entre os governos e sistemas de justiça estaduais, possibilitou um controle maior das lideranças do tráfico;
- Redução do número de jovens na população: A maior parte das vítimas de assassinatos são jovens do sexo masculino. Logo, com a redução dessa parcela da população — como explicado ontem —, há uma diminuição desses crimes;
- Profissionalização do mercado de drogas brasileiro: Por incrível que pareça, mercados criminosos que descobrem uma forma de regulamentar suas relações — criando suas próprias regras — tendem a ter menos conflitos fatais;
Outro possível fator de diminuição — um pouco mais polêmico
O aumento do número de armas em circulação. Novos registros de armas feitos à Polícia Federal quadruplicaram nos últimos 4 anos, saindo de 51 mil em 2018 para 204.314 no ano passado.
- O presidente Bolsonaro, inclusive, associou mais uma vez a diminuição do número de homicídios com a liberação das armas ao “pessoal de bem”, ao comentar sobre o levantamento realizado.
O total de armas legais no país cresceu 65% desde 2018 e soma mais de 1,15 milhão de armas nas mãos da população. Alguns especialistas, no entanto, afirmam que o aumento de armas e munições não causam, isoladamente, variações nas taxas de homicídio.
- A afirmação de causalidade é complexa… Já falamos sobre a diminuição dos assassinatos versus o aumento do número de armas aqui. Para ver, é só clicar.
Zoom Out: O Acre foi o estado com a maior queda do número de mortes violentas (-38%) mas foi uma exceção na região norte do país, que foi a única a apresentar um aumento de 10% nesse índice. Veja a lista completa.