Agora a coisa vai ficar mais séria. A Rússia comunicou, na manhã de ontem, que cortou totalmente o fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária, dando início a uma medida muito temida desde o início do conflito.
- Relembrando… A Europa importa cerca de 40% do seu gás natural da Rússia, com países chegando a obter 80% da fonte de energia de Moscou.
Com essa importância, desde que a invasão começou, o Velho Mundo tinha medo de que esse fornecimento acabasse e afetasse todo o setor energético europeu.
Segundo a empresa estatal russa responsável pelo gás, o corte foi feito devido à falta de pagamento em rublos — a moeda do país —, mas as autoridades ucranianas estão chamando a medida de chantagem de gás da Europa.
- Isso porque o fim do fornecimento acontece no momento em que o Ocidente está aumentando os envios de armas para ajudar a Ucrânia a se defender.
A estratégia russa… Decidiram afetar diretamente dois países europeus — deixando o restante da União Europeia sob ameaça —, porém com baixo risco geopolítico, por serem países de menor peso no cenário global.
Agora a Rússia coloca a UE em um dilema: Seguir ativamente no apoio à Ucrânia — se abrindo ao risco energético — ou ceder à pressão russa para evitar o risco de Putin expandir esse bloqueio?
Os efeitos diretos: Com a dependência da região, o euro caiu para a mínima de cinco anos ontem, com o medo de uma desaceleração econômica mais profunda.