O mercado se assustou. No final da última semana, o NuBank protocolou documentos na CVM em que estava relatado um plano de pagamento de um pacote de remuneração de R$ 804,4 milhões à sua diretoria, que conta com 8 membros.
Pra efeito de comparação, o Itaú prevê destinar R$ 425 milhões para os 25 membros da sua diretoria. É quase 5x menos, fazendo a média por pessoa. Não que a do Itaú seja pouco… ¯\_(ツ)_/¯
A questão por trás: O roxinho tem um histórico de prejuízo, ainda operando no vermelho — vamos ver como serão os resultados do 1T de 2022.
É verdade que a estratégia sempre foi queimar caixa para crescer aceleradamente. No entanto, o montante do pacote não foi tão bem visto assim pelo mercado — as ações chegaram perto das mínimas históricas.
Mas o NuBank tentou acalmar todo o alvoroço. Ontem, o banco explicou que a remuneração de Vélez está condicionada a metas ambiciosas, ligadas ao valuation do banco — quanto mais valorizar, maior o valor do PIX. risos.
Zoom out: Durante os últimos anos, no mercado como um todo, havia um desprezo pelo lucro. As empresas mais quentes focavam exclusivamente pelo crescimento. É só lembrar da história do WeWork.
A questão é que, ao abrir capital, a régua muda. Além do crescimento, o mercado também quer saber da sustentabilidade do negócio. Desde o IPO, o NuBank desvalorizou 33,2%. Virou jogo de gente grande…