Pode nem existir. No ano passado, a possibilidade de furar o teto de gastos com o lançamento do Auxílio Brasil tomou conta dos noticiários. Mesmo ainda estando no primeiro semestre do ano, já se diz que o teto de 2023 não deve ter nenhum alívio.
- Entenda o teto de gastos como o limite máximo que seus pais definiram para sua família gastar naquele ano — ou como o “budget” geral de uma empresa.
Ele foi criado em 2016 justamente com esse intuito: limitar que as despesas cresçam mais que a variação da inflação do ano anterior.
O que está ameaçando o teto de 2023?
Apesar deste ano ter uma inflação elevada, dois fatores vão pressionar esse controle das contas públicas:
- Com a inflação, as despesas se encarecerão;
- As promessas de eleição podem custar caro.
Alguns gastos já estão sendo discutidas, como o aumento salarial de 5% para servidores e reajustes para o Auxílio Brasil.
Como 2023 será o primeiro ano de um novo mandato, as demandas da sociedade devem aumentar — e os políticos serão cobrados para cumprir o prometido.
O que dizem os candidatos no topo das pesquisas: Lula disse, na semana passada, que “não haverá teto” se ele for eleito. Enquanto isso, Bolsonaro defendeu que, após as eleições, seja debatido que os gastos com infraestrutura fiquem fora desse limite.