Bolsonaro ganha presente em MG e Lula quer garantir o Nordeste

BRASIL

(Imagem: Estado de Minas | Reprodução)

Polarizou de vez? Depois da confirmação de que Bolsonaro e Lula iriam se enfrentar no segundo turno, o meio político começou a se movimentar.

• O momento das campanhas é de negociar e pensar em alianças, com o objetivo de conquistar eleitores de outros partidos ou até de outros políticos.

Os maiores destaques: De um lado, Bolsonaro recebeu apoio formal de Zema, que foi duro nas críticas contra o PT, além de Cláudio Castro e do atual governador de SP. Do outro, o partido de Ciro Gomes e os novos governadores do Nordeste, eleitos em 1º turno, decidiram apoiar Lula.

Por que isso é relevante? Os candidatos estão em busca dos votos que faltaram para que vencessem em primeiro turno. Enquanto Lula busca alianças para dar solidez à sua campanha, Bolsonaro quer mudar em locais-chave.  

O petista aposta no Nordeste, que é a região onde a esquerda abre a maior vantagem sobre a direita. Ter o apoio dos governadores eleitos e do PDT indica que Bolsonaro terá dificuldade de tirar a vantagem por lá.

Para JB, Zema é fundamental. A relevância está no fato de MG ser considerado estado chave para a vitória, já que, desde a redemocratização, quem sai vencedor no estado mineiro também acaba vencendo no cenário nacional.

O apoio do governador do Novo, que teve 56% dos votos no domingo, pode abrir caminho para Jair tirar a vantagem de 4 pontos percentuais conquistada pelo petista na terra do pão de queijo.

Outro ponto importante: O número de eleitores que não votaram no 1º turno foi o maior desde 1998, chegando a quase 33 milhões — mais de 20% do eleitorado. O candidato que melhor movimentar essa massa, matematicamente, dará um grande passo pra vitória.

O que mais foi notícia no Brasil… 

• Depois do primeiro turno... Senador protocola pedido para abrir CPI de pesquisas eleitorais
• Do DC ao Novo: Partidos pequenos diminuíram no cenário estadual em 2022
• Auxílio Brasil: Governo antecipa pagamentos do benefício antes do 2° turno

Mais um capítulo da novela de Elon

MUNDO

(Imagem: The Inc | Reprodução)

Pior que aquele casal de amigos que não se decide e vai-volta em um relacionamento, Elon Musk deu mais um passo em sua investida pelo Twitter — mas, talvez, contra sua vontade.

Após seis meses depois de sua oferta inicial, o bilionário enviou um comunicado oficial às partes envolvidas no caso, afirmando que realmente deseja seguir com a oferta original de 44 bilhões de dólares.

Do nada ele voltou? Na verdade, não. O bilionário teria que prestar um depoimento nessa quinta-feira, no processo que Twitter ajuizou depois que Musk ameaçou voltar atrás no deal.

Ao que parece, Elon optou por seguir com a compra pois as chances jurídicas de ter que honrar o acordo de qualquer maneira eram tão grandes, que seus advogados recomendaram que ele evitasse postergar o processo.

O Twitter vem sofrendo com a novela…

Desde o início dos rumores da negociação, as ações da companhia têm oscilado bastante, incluindo quedas próximas de 60% durante a batalha judicial, sem falar na incerteza entre os funcionários.

• Imediatamente após o anúncio, as ações do Twitter subiram 15% na Bolsa de Valores de Nova York, até que a negociação do papel foi suspensa.

Porém… O negócio deve ser concretizado em um momento ruim para as empresas de tecnologia, que vêm perdendo valor de mercado, e Musk pode acabar pagando mais pelo passarinho do que pagaria se outra pessoa fizesse uma oferta hoje.

Outras notícias relevantes no mundo:

• A novela de Mar-a-Lago. Trump vai à Suprema Corte por busca e apreensão de documentos em sua residência
• Desdobramentos da guerra: Banco Mundial estima que PIB da Ucrânia vai contrair 35% devido à guerra
• Protestos no Irã. Meninas iranianas tiram o véu e se manifestam contra o regime do país

20% dos brasileiros querem se deletar da Internet

TECNOLOGIA

(GIF: Tenor | Reprodução)

Bateu arrependimento? Enquanto fornecemos CPF, RG e informações financeiras para diversos sites, uma pesquisa mostrou que 20% dos brasileiros gostariam de “se deletar” da internet.

Segundo o levantamento, 32% da população se sente usada devido à exploração de dados pessoais pelas empresas.

O motivo do desconforto foi explicado na pesquisa, que diz que 76% dos brasileiros têm medo de que hackers acessem seus dados financeiros. Mas, além disso, também existem outros arrependimentos relatados pelos usuários:

• 43% querem deletar momentos embaraçosos;
• 23% desejam excluir fotos e vídeos em que não estejam bem;
• 20% removeriam perfis antigos de namoro;
• 7% optariam por deletar o histórico de emprego anterior.

Para essas pessoas, inclusive, o desconforto valeria dinheiro. Quase metade afirmou que pagaria até R$ 500 para que suas informações fossem excluídas da rede. 

Bottom-line: Temendo o uso de dados pessoais, 77% dos brasileiros já desinstalaram aplicativos e quase 50% já deixaram de comprar algum aparelho eletrônico — a preocupação também afeta o bizness.

Aplicativos de namoro bombam na China — mas não só para romance

NEGÓCIOS

(GIF: Gifer | Reprodução)

Dê match para socializar. Os jovens chineses estão recorrendo a aplicativos de namoro não só para arranjar um par, mas também para conhecer pessoas.

Como assim? Com a adoção da política de “Zero-Covid” por parte do governo chinês, os cidadãos estão mais desconectados do que nunca.

• Por conta disso, os jovens, que naturalmente têm a necessidade de se cercar de amigos, tornaram esses aplicativos centros sociais para criarem comunidades.

That’s a bizness 👀

Apps bombando. O números de aplicativos dessa categoria com mais de 1.000 downloads subiu para cerca de 280 este ano, em relação a 81 em 2017.

Esteja onde as pessoas estão. Investidores têm colocado uma baita grana em empresas de namoro e redes sociais no país. Ano passado, houve um total de US$ 5,3 bilhões investidos no setor — 17 vezes maior em relação ao que foi investido em 2019.

Zoom Out: Ao contrário de outros setores tech do país, o governo chinês está incentivando o aumento do engajamento e investimento, já que pode indicar mais casamentos e filhos.