(Imagem: Glamour | Reprodução)
Skincare. De tanto ouvir falar, você pode pensar que cuidados com a pele se resume a uma rotina de passar produtos e colocar máscaras hidratantes — o que até tem uma certa lógica.
No entanto… Muito além de cuidar da pele, o skincare também pode dar uma aula de marketing.
- Isso porque uma empresa que vem transformando o setor tem ensinado muita coisa.
Estamos falando da Sallve, uma DNVB que tem se posicionado com uma forte pegada de branding e foco na experiência do cliente.
“Quê? Não entendi”
Uma DNVB — ou digitally native vertical brand — é uma marca que já nasce no ambiente digital e tende a ser mais próxima do consumidor em relação às tradicionais. São as moderninhas, tá?
Muitas empresas, inclusive tradicionais, passaram a adotar essa estratégia, aumentando margem, uma vez que reduziram gastos de comissão de vendas, aluguel de lojas e estoque imenso.Afinal, operar um e-commerce costuma ser muito mais barato do que uma loja física. O gasto maior é com marketing.
Grande case 🏅
A Sallve foi fundada em 2018 pela influenciadora Julia Petit, além de Daniel Wjuniski e Marcia Netto, com um propósito claro: fazer as pessoas viverem bem com sua própria pele, vendendo produtos de qualidade e preço acessível.
O mercado mundial de cosméticos representa US$ 1,5 trilhão e se expande cada vez mais.
Basta entrar no TikTok, Instagram ou YouTube para ser inundado com alguns dos assuntos preferidos dos usuários: skincare e maquiagem.
O poder da comunidade digital
O lançamento da marca aconteceu em janeiro de 2019, mas, curiosamente, sem nenhum produto.
- Os 5 meses seguintes foram focados em inbound marketing — conteúdos no blog sobre como cuidar da pele, dicas de podcast, estilo de vida e muito mais.
O que a Sallve vende, afinal? Ao longo desse período, a empresa focou mais em uma conversa clara com seus consumidores do que simplesmente em anunciar produtos.Na prática, a Sallve acredita que os produtos devem ser feitos pelo público.
Mão na massa 🍕
Para isso, eles criaram o “quiz da pele”, um formulário para entender a relação do seu público com a própria pele.
- O resultado: Uma estratégia de crescimento forte, com mais de 1 milhão de respostas.
Ao construir uma base fiel de seguidores, a Sallve foi capaz de conhecer e fidelizarseus clientes por mais tempo, além de reduzir o custo de mídia paga. LTV sobe e CAC cai.Não faz ideia do que são essas siglas? Já explicamos aqui.
A gestão da comunidade foi um dos principais motivos que tornou a empresa referência em marketing de conteúdo, comunicação digital e engajamento do público.
Faltava alguma coisa…
Apesar de existirem várias marcas de cosméticos no mercado, nenhuma, de fato, representava todas as pessoas que desejavam consumir esse produto.
- Mais do que preço acessível, além do creme contra espinhas, a geração Z e a millenium pediam por representatividade e praticidade.
Por serem gerações que consideram muito a opinião de influenciadores, a Sallve encontrou um caminho no digital para indicarem seus produtos — e não só através das dermatos.
Premissa do produto certo: O brasileiro costuma ter pele oleosa, com texturas diferentes e gosta de um brilho natural — não é igual a do europeu ou a do americano.
Desafios detectados 🔎
Influenciadores, Instragram, comunidade, TikTok… Um dos desafios enfrentado pela Sallve é saber por qual canal se comunicar, já que a base de clientes veio de vários lugares.
Desafio número dois: Focar na experiência da comunidade em toda a jornada, desde a entrada do lead até o pós compra — que ficou fragmentada, segundo a cofundadora Marcia Netto. Será que a empresa vai tirar de letra?