Os últimos anos foram bem conturbados — e um pouco desanimadores — para os coworkings do mundo todo.
Do IPO fracassado do WeWork em 2019, passando por pandemia e chegando à minissérie WeCrashed, os coworkings tiveram dias difíceis. Mas, pelo visto, chegou a hora deles. Os motivos?
- A volta aos escritórios com a vacinação;
- Empresas querendo oferecer flexibilidade aos seus colaboradores;
- Startups que, neste cenário incerto, não querem se prender a custos no longo prazo.
A ocupação de espaços compartilhados de trabalho ao redor do mundo saltou consideravelmente.
Colocando em números: Só na WeWork, a taxa de ocupação de 67% do 1T deste supera os 47% de 2021 — não muito longe dos 72% pré-pandemia.
- Além disso, houve aumento de 22% no 1T em relação ao 4T de 2021 na procura pelo plano All Access, apontando maior desejo por flexibilidade de locais e escritórios.
E essa melhora não parece ser exclusiva da empresa. O setor como um todo tem crescido, e a possibilidade de fornecer participação nos lucros em vez de pagar aluguel tradicional tem ajudado nisso.
Apesar da tendência positiva, nem tudo são flores 💐
Um estudo apontou que 59% dos trabalhadores que podem trabalhar remotamente querem permanecer remotos.
- Mesmo com a CEO do WeWork da América Latina afirmando que home office não é concorrente, não há como negar que estar em casa significa não estar em coworkings. ¯\_(ツ)_/¯
Outro desafio são as questões de segurança. Em 2019, descobriu-se que a WeWork tinha uma segurança WiFi fraca, que expunha dados confidenciais em sua rede. Empresas tech não gostaram disso.
De qualquer maneira, alguns CEOs trazem a ideia do futuro do escritório parecer uma cafeteria, onde os trabalhadores podem estar quando buscam comunidade, mudança de cenário ou um café sem açúcar. risos.
Looking forward: A previsão é de que haja cerca de 42K espaços de coworking em todo o mundo até 2024. Isso representa um aumento de 116% em comparação aos, aproximadamente, 19K em 2020.