Durante a pandemia, os tabeliães — titulares de cartórios — tiveram bastante trabalho. De 2020 para 2021, para se ter uma ideia, o número de inventários feitos em cartórios no Brasil aumentou em 40%.
- Em alguns lugares do país, esse número foi ainda maior. No Distrito Federal, por exemplo, a alta foi de 113%.
O que explica esse aumento? 🤔
Um fator é óbvio… Inventários são feitos depois de falecimentos e, com a COVID-19, eles se tornaram mais comuns.
- Além disso, houve outro motivo: ficou mais fácil organizar e dividir o patrimônio do falecido.
Com a pandemia, passou a ser possível fazer inventários de forma online, através da plataforma e-Notariado. Isso foi um diferencial para muitas pessoas em relação ao formato judicial, que é presencial.
Indo além (mas antes) dos inventários
Durante a pandemia, estados brasileiros também viram recordes de testamentos e transferências de bens. Nesses casos, o motivo foi a maior preocupação com a morte e com o que viria depois dela para seus herdeiros.
- No Brasil, a irregularidade de imóveis é um grande problema: Em 2019, dos 60 milhões de domicílios urbanos no país, 30 milhões não tinham escritura.
Assim, com a chegada da doença, muitos passaram a temer a morte e correram para regularizar suas posses — afinal, no fim do dia, o que vale é o documento.