Muitos detalhes de uma crise sem fim. O caos instaurado no país hermano vai desde os graves problemas econômicos e financeiros, chegando até os problemas políticos e sociais.
O que está acontecendo?
As políticas de gastos do governo argentino, em meio à crise, estão resultando em uma grande perda do poder de compra da população e desvalorização de sua moeda.
O problema inflacionário: O descontrole dos preços é tão grande que o país atingiu 71% de inflação no acumulado dos últimos 12 meses. Mas fica pior: analistas esperam que chegue a quase 95% até o final de 2022.
Por isso, a população correu aos bancos e sacou suas reservas em dólar — pra não perder seu poder de compra. Só nas últimas sete semanas, foram sacados mais de US$ 1 bilhão.
Ainda tem uma crise política em curso… 🗣
O presidente, Alberto Fernandéz, e sua vice, Cristina Kirchner, estão batendo cabeça. Em uma disputa para ver quem manda mais, posições no alto escalão do governo ficaram à mercê da disputa de poder entre os dois.
- Só nos últimos meses, o país teve três ministros da economia diferentes, por conta do desacordo entre Fernández e Kirchner. O mais complicado é que nenhum dos empossados conseguiu auxiliar o país a sair da crise.
É uma tempestade perfeita. Com crises em vários pontos da vida pública, com direito a pedido de prisão contra a vice, não parece que a coisa vá se resolver antes das próximas eleições, em 2023. Serão longos 14 meses para os hermanos.