As questões políticas na vacinação europeia

A demora na imunização europeia preocupa cada vez mais. Com o atual cenário, alguns países da União Europeia começaram a assinar acordos bilaterais — sem o intermédio do bloco — para a compra de vacinas.

Como está a situação da imunização por lá?

Resumindo em só uma palavra: atrasada. O responsável pela campanha de vacinação na UE afirma que a lentidão se dá pelo atraso nas entregas da AstraZeneca, que mandou apenas 30 das 120 milhões de doses acordadas.

  • No entanto, outras partes dizem que houve demora na compra de doses. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a Europa não soube agir rapidamente por conta da lentidão e da complexidade do processo…

Contextualizando… Em julho do ano passado, a União Europeia decidiu fazer as compras dos imunizantes de forma conjunta para garantir vantagens nas negociações — por conta do grande volume — e proteger os menores países, que, sozinhos, teriam mais dificuldades.

A estratégia parece boa: diminuir os custos e imunizar todos os países ao mesmo tempo, uma vez que são extremamente conectados.

No entanto… A  Agência Europeia de Medicamentos ainda não autorizou a vacina russa, que passa pela fase de análise e testes necessários. Sobre isso, há quem diga que o bloco não quer dar a Putin um ‘saborzinho’ de uma vitória diplomática, envolvendo opiniões políticas.

“Se não aprovam, vou comprar assim mesmo”. Hungria e Eslováquia romperam com esse acordo e autorizaram as vacinas chinesa e russa. Com isso, a Hungria chegou à marca de mais de 26% da população com a primeira dose, bem acima da média europeia, e quase 10% com a segunda.

Com o sucesso húngaro na vacinação, a pressão sobre a agência europeia tende a aumentar e é bem provável que Putin saia dessa com um sorriso de orelha a orelha.

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