Está dando o que falar. Na segunda-feira, vazou um rascunho de um documento da Suprema Corte dos EUA que pretende acabar com a proteção constitucional ao aborto — decidida em 1973, no caso Roe x Wade —, liberando sua proibição.
- A decisão de quase 50 anos definiu que interromper a gravidez é um direito. Com a mudança, cada estado poderia legislar como preferisse.
Na prática… Se a lei for mesmo derrubada, os abortos se tornariam ilegais, imediatamente, em 13 estados. Além disso, cada estado poderia proibir a interrupção até em casos extremos, como de gravidez fruto de estupro.
As reações 🇺🇸
Os EUA estão divididos, e as reações provam isso. Democratas, como Hillary Clinton, classificaram o texto como um atentado à dignidade das mulheres, enquanto republicanos, como Ken Paxton, comemoraram a volta do tema ao âmbito estadual.
Do lado corporativo, as empresas também devem se manifestar. A Amazon, por exemplo, já se juntou a outras gigantes que se comprometeram a reembolsar as funcionárias que precisarem viajar para fazer abortos.
- A opinião pública… Segundo pesquisas, a maioria dos americanos se opõem à derrubada de Roe x Wade — o percentual chega a 72%.
O que acontece agora? A Suprema Corte confirmou que o rascunho é real — e já até está investigando quem foi o responsável pelo vazamento —, mas os juízes ainda podem mudar seus votos antes que o documento final seja divulgado.
Zoom Out: Nos últimos anos, dezenas de estados introduziram proibições para o aborto a partir de seis semanas. Analisando o impacto, cerca de uma em cada quatro mulheres nos EUA faz um aborto antes dos 45 anos.