Você não leu errado, é isso mesmo. Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei que pode mantê-lo no cargo de Kremlin até 2036. A lei é consequência das mudanças na Constituição do país que foram aprovadas no ano passado pela população.
Contexto… Em abril de 2020, a população russa votou a favor da revisão constitucional, que já estava aprovada pelo parlamento. Na prática, inclusive, mesmo se o povo votasse pelo não, a reforma aconteceria. Vai entender…
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Com a reforma presidencial, Putin agora poderá se tornar o líder russo com maior tempo no poder, ultrapassando o período dominado pelo ditador soviético Josef Stalin.
O que chama atenção? Além da mudança na regra da presidência, as emendas à Constituição definem o casamento como a união entre homens e mulheres, limitando o vínculo a heterossexuais, e colocam a fé em Deus como pilar da nação, aproximando governo e religião.
Enquanto isso… O líder da oposição e crítico do governo Putin, Alexei Navalny, que havia declarado greve de fome na semana passada, por estar sendo mal tratado no presídio em que está detido, foi transferido para uma enfermaria com sintomas de coronavírus e problemas respiratórios ontem.
O político da oposição está na prisão, cumprindo pena por “violar sua liberdade condicional” enquanto se recuperava de um ataque de envenenamento quase fatal, supostamente arquitetado pelo governo atual.
Ele acusa funcionários da prisão de o privarem de sono e recusarem a dar-lhe cuidados médicos adequados. Há quem diga, inclusive a Secretária Geral da Anistia Internacional, que estão submetendo o Alex a uma morte lenta. Complicado…
O que mais é destaque pelo mundo?