A agenda dos profissionais de saúde mental está tão cheia quanto os cinemas na pré-estreia de Crepúsculo em 2008. O motivo você já sabe… A pandemia.
Apesar da demanda ter crescido de imediato em março do ano passado, ela tem aumentado ainda mais nesse segundo ano pandêmico.
As incertezas e as medidas restritivas aumentaram as taxas de depressão, ansiedade e insônia. Com isso, cresceu também o número de pacientes atendidos, especialmente de forma remota.
Em números: O mercado global de telessaúde — que é diferente de telemedicina — deve chegar a US$ 312 bilhões até 2026. Só em 2020, empresas virtuais de saúde receberam 1,8 bilhão de dólares em investimento.
A Zenklub, por exemplo, startup brasileira de terapia online, que também atende a companhias preocupadas com seus funcionários, viu a procura quase triplicar em janeiro e fevereiro de 2021. Muitas empresas estão atentas a esse aspecto:
-
O LinkedIn deu uma semana de folga a todos os funcionários, pensando em saúde mental;
-
O CitiGroup, como já citamos na semana passada, proibiu chamadas de vídeo internas às sextas-feiras, depois da polêmica pesquisa do Goldman Sachs sobre a piora da saúde física e mental de alguns analistas;
Por que é relevante? Além da importância do bem-estar, 80% dos CEO’s americanos acredita que problemas na saúde mental dos trabalhadores afetam negativamente os resultados da companhia. 92% deles relatou que suas empresas aumentaram o foco nesse quesito.
De modo geral, o uso do teleatendimento foi ampliado e esse modelo se estabeleceu, mas ainda enfrenta algumas dificuldades: quantidade de profissionais disponíveis, custos da consulta, estigmas com o formato e com a procura por ajuda de um modo geral.