Que amor tão grande
Tem que ser vivido a todo instante
A cada hora que eu tô longe é um desperdício
Eu só tenho oitenta anos pela frente
Por favor, me dê uma chance de viver
Se for preciso, eu giro a Terra inteira
Até que o tempo se esqueça
De ir pra frente e volte atrás milhões de anos
Quando todos continentes se encontravam
Pra que eu possa caminhar até você
Eu quero partilhar, eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar, eu quero partilhar
A vida boa com você
O trecho é da música Partilhar, de Rubel Brisola. Mais conhecido pelo nome artístico Rubel, o carioca é cantor, compositor e roteirista.
Partilhar, com toda a sua poesia, fala de um amor desesperado. Daquela entrega que não depende de hora nem lugar: o que importa é estar junto.
- Com todas as maravilhas e surpresas que este mundo nos reserva, existe mesmo lugar para um amor que não seja desesperado?
Não estamos falando daquele aperto de tirar o sono, mas sim da vontade de compartilhar as belezas da vida com a pessoa amada — ou melhor, enxergar beleza na companhia.
Porém, na vida real, existe um personagem capaz de mudar até os planos de um amor desesperado: o tempo.
- Com os dias que passam e os caminhos que mudam, os amores parecem que vão embora. Mas, na verdade, apenas trocam de gaveta.
Em vez de menosprezar um encontro momentâneo, agradeça por não perder tempo em um amor por obrigação. Afinal, a vida já é boa. Para ser partilhada, só vale a pena se for melhor.